sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Livro: A vida pacata de um otário chamado Carlos - Cap.3 - "Cucaracha"

Capítulo III - "La Cucaracha"

Já cansado da monotomia que era sua vida mas ainda sem pensar em suicídio, Carlos foi mandado para a Inglaterra para morar e encher o saco lá por 5 anos. Sua mãe havia dito que era um intercâmbio, que seria uma viagem muito legal, que ele faria muitos amigos e tudo o mais.
E ele caiu nessa. Ficou animadão. Ficava imaginando como seria divertido morar naquele país, rico, desenvolvido.

No dia da despedida nem sua mãe chorou. Depois que ele entrou na porra do avião da TAM, sua família fez um churrascão pra comemorar.

Chegando na Grã-Bretanha, Carlos respirava aliviado e olhava pra todos os lados procurando uma lan house. Há 10 horas ele não jogava Age e isso já tava dando faniquito nele.

O albergue que sua mãe escolheu era uma verdadeira possilga. O dono era um cara escroto que já foi falando: “Você tem um mês pago pra ficar aqui, depois disso, RUA!”

Carlos acreditou ser vítima de um tremendo engano.
“Mas minha mãe disse que pagou por 5 anos”
“5 anos é o caralho, sua barata latina!”

De tanto ser chamado de Cucaracha, Carlos sentiu saudades do tempo em que seu apelido era Porpetinha da Mamãe. Ele realmente odiava o apelido brasileiro. Contudo, pessoas amadas e respeitáveis, como seus colegas e até mesmo o Padre, chamavam-no assim.
Já cucaracha não. Era um cara truculento, bossal e fedido, o dono da pensão que o insultava e deixava seus olhos cheios d'água.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Poema de baixa ajuda

O dia amanhece
Com flores no jardim
Eu acordo e vejo logo
Que o dia vai ser ruim

Tô muito atrasado
Nem dá tempo de almoçá
Ta um frio desgraçado
Chove sem pará

Pego minha mochila
O chinelo enrosca
No banco tem fila
Sei que vai dá bosta

Nem tudo está perdido
Ligo meu MP3
Coloco ele no ouvido
Mas a pilha acabou outra vêiz.

Xingo 20 palavrão
De nada adianta
Tropeço no chão
Xingo até a janta

Antes de dormir
Ouço vozes do além
A ira toma conta de mim
Preciso matar alguém

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Livro: A vida pacata de um otário chamado Carlos - Cap.2

Capítulo II

Começo de semana, Carlos comendo Sucrilhos Kellogg's pra ir para o colégio. Uma monotonia desgraçada na mesa do café. A mãe era uma bruxa e o pai mil zeros a esquerda.
A única coisa que prestava na família de Carlos era o bom humor do irmão gêmeo dele. O moleque era o diabo em forma de guri. Não perdia uma piada. Nem no café da manhã ele dava sossêgo.

Neste dia, apesar de ter tomado bolachadas de seu irmão, Carlos estava animadão.
Colocou seu mini game e seu baralho de “Magic” na mochila, lavou sua cara de burro e foi para o colégio. Chegando lá, através dos corredores, Carlos ia ouvindo insultos dos outros meninos:

“Aê, CDF da porra!”

“Otário!”

“Aê, porpetinha da mamãe!”


Cara, o Carlos ficava muito puto quando os caras chamavam ele de porpetinha da mamãe. Ele bufava igual um touro. Porém, em função de sua bundamolice, não fazia nada.

Pedro, o irmão gêmeo de Carlos, não tinha nada a ver com ele. Era despojado, irreverente, colava nas provas, conhecia todo mundo. Fora as características físicas.
Carlos parecia um supositório de baleia. Pedro era magro. Carlos era nerd. Pedro era skatista.

Começava mais uma semana na vida de Carlos. Puta tristeza.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dicas de Moda do Marçola

Evite bermudas cinza-claro.

Você mija e espirra tudo na bermuda e fica aquelas gotinhas de urina e todo mundo pensa que você mijou nas calças.

Ou a galera vai achar que você tem o pinto em forma de ducha, ou em forma de peneira ou que você tem 12 uretras e por aí vai.

Melhor mesmo é bermuda preta ou marrom. Dá até pra dar um barro na encolha sem ser percebido.

Fica aí a dica.