terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A vida pacata de um otário chamado Carlos - Cap.4 - Lastimável

Depois de ser escolachado por um monte de babaca inglês, Carlos começa a pensar na sua vida. Ficou pensando cerca de uma semana. Não fazia mais nada da vida. De repente, surge o dono da pensão, chutando a porta do seu quarto e berrando:

- Vaza daki seu otário, já acabou seu dinheiro, rala, rala, rala.

Então, Carlos, que por um momento na vida chegou a acreditar no contrário, confirmou a hipótese da qual todos já tinham certeza: sua vida era uma mentira.

E, como não adiantava chorar, nosso camarada pegou seu baralho de magic, botou no bolso, ao lado do seu MP3 tocando Rhapsody e saiu ouvindo os insultos daquele homem truculento.

Mas Carlos não estava satisfeito com aquela situação. Então, de súbito, ele volta à pensão, olha com toda a fúria da qual nunca tinha se apossado e, pra surpresa de todos, até para minha surpresa, joga seu game boy na cabeça do homem.
Este, entretanto, ao receber o impacto, nada sofre.

Daí em diante, mesmo que eu tivesse os recursos literários possíveis para descrever as cenas, não o faria. Foi lamentável o que o dono da pensão fez com Carlos.
Convenhamos que umas porradas todo mundo esperava.
Mas não precisava usar chave de fenda, menos ainda super bonder.
Lastimável.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O passar do tempo

Às vezes me dá vontade de ficar velho.
Com o passar do tempo eu percebo que só com o passar do tempo é que a gente cresce.

Já critiquei pessoas sem conhecê-las realmente. Já desci o pau em grupos de pessoas que eu nem tinha contato. Já joguei a criança e a água suja fora (seja lá o que isso quer dizer).

Daí tem uma hora que vc para e fala: "puta cara, eu era muito burro".

E o que mais acontece é isso. É neguinho falando mau de neguinho sem nem conhecer direito.
Preconceito é muito foda.
A gente é muito preconceituoso e nem se liga disso.