sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Livro: A vida pacata de um otário chamado Carlos - Cap.2

Capítulo II

Começo de semana, Carlos comendo Sucrilhos Kellogg's pra ir para o colégio. Uma monotonia desgraçada na mesa do café. A mãe era uma bruxa e o pai mil zeros a esquerda.
A única coisa que prestava na família de Carlos era o bom humor do irmão gêmeo dele. O moleque era o diabo em forma de guri. Não perdia uma piada. Nem no café da manhã ele dava sossêgo.

Neste dia, apesar de ter tomado bolachadas de seu irmão, Carlos estava animadão.
Colocou seu mini game e seu baralho de “Magic” na mochila, lavou sua cara de burro e foi para o colégio. Chegando lá, através dos corredores, Carlos ia ouvindo insultos dos outros meninos:

“Aê, CDF da porra!”

“Otário!”

“Aê, porpetinha da mamãe!”


Cara, o Carlos ficava muito puto quando os caras chamavam ele de porpetinha da mamãe. Ele bufava igual um touro. Porém, em função de sua bundamolice, não fazia nada.

Pedro, o irmão gêmeo de Carlos, não tinha nada a ver com ele. Era despojado, irreverente, colava nas provas, conhecia todo mundo. Fora as características físicas.
Carlos parecia um supositório de baleia. Pedro era magro. Carlos era nerd. Pedro era skatista.

Começava mais uma semana na vida de Carlos. Puta tristeza.

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