quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Trairagem no Futebol

Mais desagradável que acordar com as marteladas do vizinho, consertando o telhado da churrasqueira, é estourar corda de guitarra.
Tudo porcausa do bend. O bend é foda. É imprescindível para um guitarrista que se preze. Ainda mais no meu caso, que to com minha guitar no colo e vou tocar "Canceriano sem lar" do Raul. É certeza que vai estourar alguma corda. Tem uns bends muito bonitos essa música.

Ah, eu num ia falar sobre isso. Eu ia falar sobre uma das maiores trairagens que já ocorreram no mundo do futebol.
Não me lembro a data, foda-se o ano que aconteceu.
Era uma tarde de domingo, que não deveria ter existido.
Todos unidos pelo Radium Futebol Clube, no estádio Olímpico São Sebastião, na cidade de Mococa, São Paulo. O inimigo vinha da capital. Osasco.

O "verdão da mogiana" como é conhecido o Radium, tinha, dentre outros ilustres jogadores, o goleiro Lauro, que depois foi pra Ponte Preta, fez gol de cabeça, depois foi pro Inter de Porto Alegre e foi campeão do mundo.

Pois bem. Começa a partida. O estádio tava lotado. Seus seiláquantaspessoastinhalá torcedores gritavam de alegria o gol de empate.

1x1 até que no final do jogo, de repente, um jogador sem família, cruel ser, acertou uma patada na bola na direção do gol de Lauro.
Nós, da Fúria Verde, paramos por um instante. Toda aquela euforia de antes, os rojões, as fumaças coloridas, os xingamentos ao bandeirinha, o amendoim frito, a garapa, enfim, tudo parou por um momento.
A bola foi retinha, e quando chegou ao gol, Lauro não conseguiu alcançá-la.

Este jogo, se terminasse empatado, levaria o Radium à final do Campeonato Paulista "Série B", ou seja, a quarta divisão.
Num ri não, filhadaputa!

Foi um dos piores momentos da minha vida. Se tivesse uma arma eu matava o Lauro.

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